Pode isso 120
Do Folha
Secretários estaduais de Saúde repudiaram a pressão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para que autoridades prescrevam a cloroquina contra o coronavírus. Dirigentes trataram o documento da pasta como “esdrúxulo”, “loucura” e “perversidade”. A informação foi publicada pela coluna Painel, da Folha.
O ofício do ministério, assinado por Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, afirmou que não utilizar estes medicamentos é “inadmissível”. O documento foi enviado para a secretaria municipal de Saúde de Manaus.
Os deputados federais Alexandre Padilha (PT-SP) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciaram ações no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério Público Federal contra o ministério.
Crítico de urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro seria beneficiado por fraude com cédulas de papel nas eleições de 1994
Do 247
Um dos maiores críticos das urnas eletrônicas e defensor da volta de cédulas de papel nas eleições, Jair Bolsonaro já figurou como beneficiário de fraude no uso cédulas de papel.
O episódio ocorreu nas eleições gerais de 1994. Como mostra reportagem de 17 de novembro de 1994, do Jornal do Brasil, um dos principais periódicos brasileiros naquela época, a eleição do Rio, como em todo o país, usava cédulas de papel. Na 24ª Zona Eleitoral, o juiz Nélson Carvalhal identificou cédulas falsas. Elas beneficiavam um então candidato a deputado federal pelo PPR, Jair Bolsonaro.
O episódio foi lembrado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG). “Quase 27 anos depois, Bolsonaro não se cansa de pôr em cheque a lisura das urnas eletrônicas. Há 10 meses, afirmou ter provas de fraude no pleito de 2018 e que as apresentaria ‘em breve’. Ficou na promessa, pois até agora, nada das tais ‘provas'”, disse Correia. “A tática levada a cabo por Bolsonaro serve ao propósito de, em caso de derrota em 2022, ter uma saída que una seus apoiadores – e, quem sabe, tentar algo parecido com o que Donald Trump tentou nos Estados Unidos, felizmente sem sucesso até agora: melar o processo democrático do país”, acrescentou Correia.
Crise: incapaz de gerar caixa, governo terá menor investimento público em 15 anos
Do Estadão
A estagnação da economia e o aumento das despesas públicas em decorrência da pandemia farão com que os investimentos públicos em 2021 sejam os menores desde 2007.
O valor projetado em agosto do ano passado era de R$ 28,6 bilhões, que pode cair ainda mais para abrir espaço no orçamento para despesas obrigatórias, reporta o Estadão.
Especialistas alertam para o fato de a máquina pública estar no patamar mínimo necessário para seu funcionamento.
Com base em teorias da conspiração, tribunal peruano acusa Bill Gates, Soros e Rockfeller de criar o coronavírus
Do Sputnik News:
Tribunal peruano afirmou se baseando em teorias conspiracionistas que o coronavírus foi uma invenção das “elites criminosas a nível mundial”, formadas, segundo magistrados da corte, por multimilionários como George Soros, a família Rockfeller e o empresário Bill Gates.
Para justificar o atraso na emissão do veredito, a Sala Penal de Apelações de Chincha e Pisco assegurou que a pandemia teve um caráter “imprevisível”, exceto para os seus criadores, “que a geriram e continuam administrando-a secretamente dentro de seus ambientes e corporações mundiais”.
(…) “Nenhum governo mundial, pessoas físicas e jurídicas, nem a defesa do arguido podem alegar que esta pandemia tem a qualidade de ‘previsível’, exceto os criadores da nova ordem mundial como Bill Gates, Soros, Rockfeller etc.”, aponta a resolução, compartilhada pelo portal LP Direito.
Em particular, o documento cita o investidor financeiro George Soros, o cofundador da Microsoft Bill Gates e a família bilionária Rockfeller, a quem acusa de “gerir” e “continuar administrando” o vírus na “nova ordem mundial”, escreve La Vanguardia.
Saúde lança aplicativo que estimula uso de remédios sem eficácia
Do Metrópoles
No momento de disparada de mortes pela Covid-19 no Brasil, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aposta em nova arma ineficaz para o controle da pandemia. O general lançou em Manaus, nesta semana, o TrateCOV, um aplicativo que estimula a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra esta doença.
Segundo o próprio ministério, após o diagnóstico, que é sinalizado pelo aplicativo a partir de uma pontuação definida pelos sintomas do paciente, o TrateCOV sugere a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina. O tratamento muda conforme os dados apresentados pelo paciente, segundo a pasta.
Estes medicamentos não têm eficácia comprovada contra a Covid-19, são rejeitados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), mas viraram aposta do governo Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à doença.
Durante a crise sanitária, o presidente desestimulou o uso de máscaras e do distanciamento social, mas mandou turbinar a produção da cloroquina e buscou doação de hidroxicloroquina – medicamentos hoje encalhados nos estoques do governo federal. O aplicativo também indica o uso do corticóide dexametasona, que é recomendado pela SBI para casos mais graves.
Brasil pode ter mais de 30 milhões em pobreza extrema com fim do auxílio, diz economista
Do 247
O fim do auxílio emergencial em meio ao crescimento da pandemia de Covid-19 poderá deixar entre 21 e 31 milhões de brasileiros vivendo em situação de extrema pobreza, com uma renda familiar per capita mensal inferior a R$ 155. “A população em pobreza extrema no mês de janeiro deve ficar entre 10% e 15% [21 milhões a 31,6 milhões de pessoas], e em relação a todos abaixo da linha de pobreza, de 25% e 30% [52,7 milhões a 63,3 milhões de pessoas]”, disse o economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Daniel Duque, em entrevista à DW Brasil.
Duque destacou, ainda, que a cifra é de duas a três vezes superior aos dados disponibilizados em novembro, quando 5% da população, ou 10,7 milhões de pessoas, se encontravam no patamar da extrema pobreza. Quando a comparação é feita com agosto de 2020 – quando a taxa de pobreza extrema alcançou o menor índice (2,3%) da história devido ao pagamento do auxílio – o dado é ainda mais assustador.
Segundo o economista, o primeiro trimestre também deverá afetar diretamente os mais em função do término de outros programas para estimular a economia, pela alta histórica do desemprego nos primeiros meses de todos os anos e pelo avanço da pandemia da Covid-19.